China mostra tecnologia climática, mas hesita em novas promessas na Cúpula do Brasil

0
26

A China está a apresentar de forma proeminente os seus avanços em energia limpa na cimeira climática da ONU no Brasil, mas permanece em grande parte silenciosa sobre novos compromissos para reduzir emissões ou fornecer ajuda financeira para a acção climática.

Presença Visível da China

O país tem um dos maiores e mais centrais pavilhões na cimeira, atraindo multidões com exibições dos seus investimentos globais em projectos de energias renováveis: parques solares, armazenamento de baterias e linhas de transmissão em países como a Arábia Saudita, o Egipto e o Brasil. A China já é líder mundial em eletricidade gerada por energia eólica e solar e exporta agressivamente esta tecnologia juntamente com veículos elétricos.

Diplomacia silenciosa a portas fechadas

Apesar do seu domínio tecnológico, a China adoptou uma abordagem cautelosa nas negociações. Ao contrário dos EUA sob a administração Trump, que se retiraram das negociações sobre o clima, a China não está a dar um passo em frente para preencher o vazio de liderança. Evitou tomar posições firmes sobre a redução do aquecimento global e recusou-se a fazer novos compromissos para a redução dos gases com efeito de estufa.

Apoio financeiro limitado

A China também não aumentou a ajuda financeira aos países em desenvolvimento que lutam para se adaptarem às alterações climáticas ou para protegerem as florestas tropicais ameaçadas. Os analistas sugerem que a China está a demonstrar pouco interesse em assumir o manto da liderança climática global neste momento.

O contexto mais amplo é importante : a relutância da China pode dever-se a prioridades económicas internas, à sua dependência da energia do carvão ou a uma decisão estratégica para evitar compromissos excessivos antes que outros grandes emissores se apresentem. A falta de uma liderança forte por parte da China levanta questões sobre a eficácia dos resultados da cimeira.

Em conclusão, embora a China demonstre a sua capacidade tecnológica em energia limpa, ainda não está a traduzir isso em compromissos políticos concretos na cimeira da ONU. A situação realça uma lacuna crítica na liderança climática global, deixando incerto o sucesso das conversações.